A ABGLT está participando do 168º Período de Sessões da Corte Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Santo Domingo, Republica Dominicana. O evento acontece desde o dia 03 de maio e encerra no próximo dia 11. O Secretário de Relações Internacionais da ABGLT, Victor de Wolf, falou hoje (08/05) em nome da associação em audiência pública sobre o dever de proteção das pessoas defensoras dos Direitos Humanos, no contexto dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes no Brasil.
Junto as organizações Conectas, Justiça Global, o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH) e a arquiteta Monica Tereza Benício, companheira de Marielle, a ABGLT contribuiu com o debate caracterizando o Governo Temer como conivente com os ataques aos direitos humanos e com o avanço do fascismo no Brasil, denunciando 10 casos de mortes de ativistas brasileiros. Além desses pontos, a ABGLT expôs ainda o desmonte das políticas públicas para a população LGBT, além do golpe sofrido pela presidenta Dilma Roussef e a prisão ilegítima do ex-presidente Lula.
Na mesma audiência, foi entregue também o Relatório do Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais Brasileiras em 2017, produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA), a fim de denunciar os assassinatos e a crescente onda de violência contra a população de travestis e transexuais, inclusive contra militantes e defensoras dos direitos humanos que foram brutalmente assassinadas no país em 2017.
Entre as diversas pautas, foi discutida a situação da população LGBT encarcerada, apresentada sobretudo por militantes trans da Colômbia. A intervenção federal no Rio de Janeiro também foi ponto de pauta, com a participação da sociedade civil e do Governo Federal brasileiro.