Do Luto Ă Luta: ViolĂȘncia Contra Defensores de Direitos Humanos LGBTI+ no Brasil
- ABGLT
- 30 de jun. de 2021
- 2 min de leitura

No dia do Orgulho LGBTQIA+, Dia 28 de Junho, a Associação Brasileira de LĂ©sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexo (ABGLT) lançou dossiĂȘ sobre a violĂȘncia contra defensores de direitos humanos LGBTQIA+ no Brasil. O paĂs lidera o ranking de mortes LGBTQIA+ no mundo e tambĂ©m Ă© o 4Âș paĂs mais violento para defensores de direitos humanos.
O dossiĂȘ âDo Luto Ă Luta: violĂȘncia contra defensores de direitos humanos LGBTI+ no Brasilâ busca contribuir com a proteção de defensores, registrar a luta das ativistas LGBTQIA+ no Brasil, alĂ©m de apoiar a denĂșncia sobre a situação no paĂs. O dossiĂȘ tem o objetivo tambĂ©m de fortalecer nosso entendimento do contexto atual e, sĂł foi possĂvel de ser organizado devido ao comprometimento e dedicação das organizaçÔes e do movimento social LGBTQIA+.
De acordo com os dados do grupo Acontece e do Grupo Gay da Bahia (GGB) apontam que sĂł no ano de 2020 foram 237 mortes de LGBTQIA+ em territĂłrio nacional, sendo 224 homicĂdios e 13 suicĂdios. JĂĄ a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), no mesmo perĂodo, contabilizou a ocorrĂȘncia de 184 mortes de travestis e transexuais e 175 homicĂdios de gĂȘnero feminino. O relatĂłrio tambĂ©m aponta que, em 2019, âmais de 300 defensores de direitos humanos foram mortos no mundo, sendo 23 deles no Brasil, segundo dados da ONG Front Line Defendersâ.
O dossiĂȘ tambĂ©m aponta 20 recomendaçÔes necessĂĄrias para o aperfeiçoamento da polĂtica de proteção a defensores de direitos humanos no Brasil. Dentre elas, estĂĄ a efetiva implementação do Plano Nacional de Proteção Ă s Defensoras e Defensores de Direitos Humanos; a ampliação da estrutura e o orçamento do PPDDH; a criação, no Ăąmbito do PPDDH normativa acerca da garantia e promoção da proteção de Defensores de Direitos Humanos LGBTQIA+; entre outras. Para acessar o relatĂłrio completo, clique aqui.
O relatĂłrio desenvolvido pela ABGLT, organização social que compĂ”e o ComitĂȘ Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), tambĂ©m teve apoio da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), da Rede AFROLGBT, Terra de Direitos, Justiça Global, com patrocĂnio da Tinder Brasil e Fundo Elas.
Reportagem do ComitĂȘ Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos

